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Wednesday, March 7, 2012

A colheita

Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá 
Gálatas 6:7

Essa semana vi uma pessoa escrever esse versículo. E me senti imensamente triste e cansada porque veio o seguinte pensamento à minha mente: "Eu tenho plantado coisas boas... Eu tenho plantado amor, solidariedade, tenho ofertado em dinheiro e em ações. Tenho abençoado a vida daqueles que estão próximos de mim, tenho sido amiga, tenho oferecido meu ombro, tenho oferecido minha ajuda... E tudo o que tenho recebido é desprezo, solidão..."
Esse pensamento me deixou arrasada! Mas ao mesmo tempo comecei a questionar a Deus o que estava acontecendo.Por que eu me sentia assim, e por que eu não estou colhendo o que tenho plantado...
Meu coração estava realmente arrasado, e dolorido, e magoado, e ferido, e com vontade de gritar, de sumir... Resolvi ouvir música, louvores... E de repente eu senti no meu coração essa fala: "Você pode não estar colhendo o que você plantou porque você está semeando numa terra que não é boa o suficiente para frutificar como deveria!"
Fiquei de boca aberta! Será? Será que toda minha dedicação, amizade e apoio foram plantados num lugar infértil?
E lembrei-me da passagem abaixo:
"O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.
Parte dela caiu sobre pedras e, quando germinou, as plantas secaram, porque não havia umidade.
Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram com ela e sufocaram as plantas.
Outra ainda caiu em boa terra. Cresceu e deu boa colheita, a cem por um". Tendo dito isso, exclamou: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça! " 
(Lucas 8:5-8)
E então, com uma clareza enorme, entendi o que Deus estava a me dizer. 
Eu tenho que plantar sim, e tenho que plantar coisas boas, tenho que plantar o bem... Mas se estou plantando em uma terra que não está saudável o suficiente para dar frutos, corro o risco de não colher frutos nenhum, e se colher, eles provavelmente serão mixos e feios, sem sabor e até apodrecidos... 
Tenho que olhar a terra que estou plantando...  E ter a consciência de que minhas expectativas não podem ser além daquilo que aquela terra pode me oferecer... 
Mas tenho que continuar plantando... Todas as  vezes que sei que preciso estender a mão devo fazê-lo, porque isso é uma ordenança:  "Pensem nisto: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado". (Tiago 4:17)
E a colheita, o retorno, pode vir de onde menos espero... Porque Deus é fiel e justo, e não se esquece de nossos atos de justiça e bondade, de amor e solidariedade, de respeito e  mansidão!
"E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.
Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé".
(Gálatas 6:9 e 10)
E Deus continuou falando ao meu coração. Eu também devo prestar atenção em que tipo de terra eu sou... E o que deixo ser plantado em meu coração. Não devo permitir que meu coração seja endurecido para a voz de Deus, e para aquilo que recebo dos meus irmãos...  Devo ser terra fértil para o amor, a solidariedade, a bondade, mas terra infértil para egoísmo, mentiras, desprezo e maledicência... Meu coração deve produzir bons frutos, que vão gerar boas sementes, para serem plantados em terra fértil!

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